Data: 18 de Novembro

Hora: 14:30
Local: Anfiteatro 1 - CLAV

A elasticidade é uma propriedade fundamental das rochas que controla a magnitude e distribuição das tensões na crusta terrestre, a propagação das ondas elásticas e que determina a relação entre a

deformação observada e a tensão aplicada.
Uma parte importante da investigação experimental tem sido direccionada principalmente para a caracterização física da fractura final, por efeito de compressão, para determinação da resistência à
ruptura, em função de diversas condições como velocidade e direcção de carga, efeitos de escala ou teor de água.
No entanto a variação das propriedades elásticas à medida que o estado da rocha se aproxima da fractura é de grande importância na caracterização de processos geológicos. A variação de parâmetros elásticos em todo o processo é devida, entre outros efeitos, à modificação das microfracturas, ao fecho dos poros e subsequente microfracturação, à modificação da porosidade, ao efeito da circulação de um fluído sob pressão, à forma de aplicação da pressão, à varição da sua taxa de aplicação e da sua continuidade ou repetibilidade. 

Este estudo centra-se em aspectos experimentais de comportamento até à fractura de rochas basálticas do complexo vulcânico do Fogo – S. Miguel e baseia-se em experiências de compressão uniaxial e triaxial, realizadas no ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) e na ENS (École Normale Supérieure, Paris).
As experiências de compressão tri-axial mostram como o efeito da circulação de fluído e o efeito da pressão de confinamento determinam diferentes assinaturas em termos de emissão acústica (EA), no desenvolvimento da fractura, nas mudanças de comportamento frágil/dúctil e na localização e evolução da fracturação.
Em regime de compressão uniaxial com diferentes taxas de variação de pressão, põe-se em evidência o diferente comportamento elástico de rochas vulcânicas de diferentes litologias, o efeito da histerese por acção de ciclos de carga/descarga e a caracterização dos processos em termos da emissão acústica gerada, para cada ciclo (efeito de Kaiser) em todo o processo de compressão cíclica até à facturação.